Uma falha geológica conhecida como zona de cisalhamento foia causa do tremor de terra que assustou os moradores de Arapiraca, no Agreste alagoano, na madrugada desse domingo (23). A informação é da Defesa Civil do município, que monitora a região e investiga possíveis correlações com outros tremores registrados no passado.
O Laboratório Sismológico (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) confirmou que o abalo teve magnitude 2,1 na Escala Richter, sendo considerado de baixa intensidade.
De acordo com geólogos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, a falha geológica foi identificada no município e se estende do bairro Boa Vista, passando pelo Lago da Perucaba até Girau do Ponciano.
“Ainda não sabemos a profundidade dessa zona de cisalhamento, pois são necessários estudos mais aprofundados, que teriam que ser realizados por pesquisadores de fora do estado. No entanto, estamos monitorando a situação e, até o momento, verificamos que esses abalos não representam riscos para as estruturas da região”, explicou o secretário de Defesa Social de Arapiraca, Enio Bolivar.
Confira a entrevista das autoridades à Central Gazeta de Notícias
RELAÇÃO COM OUTROS TREMORES
O fenômeno registrado no domingo não é um caso isolado. Em 23 de agosto de 2023, a cidade já havia sentido um tremor de magnitude 1,6, e em 19 de novembro do mesmo ano, um abalo de 1,7 foi detectado no município vizinho de Traipu.
A Defesa Civil informou que, após o tremor registrado nesse final de semana, uma equipe foi enviada ao local para verificar possíveis rachaduras e relatos da população.
“Não foram identificados danos. A Defesa Civil do estado permanece atenta para agir rapidamente em caso de qualquer evento”, afirmou Bolivar, acrescentando que o tremor não tem relação com as atividades da mineradora Vale Verde, em Craíbas.
Nas redes sociais, moradores relataram que o tremor foi acompanhado por um barulho incomum, o que aumentou o susto. No entanto, o Corpo de Bombeiros não recebeu nenhum chamado relacionado ao fenômeno.
O abalo foi registrado às 2h03 pelo LabSis/UFRN. Segundo a Escala Richter, tremores de magnitude 2,1 são considerados de baixa intensidade, sem efeitos destrutivos significativos.
Fonte: GazetaWeb

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