E o principio foi assim…
Claudia de Bulhões
Eva desafiou o Criador oferecendo à Adão o fruto proibido, uma maçã; como punição teve seu espaço limitado ao âmbito doméstico, parindo cuidando de suas crias, e acima de qualquer coisa obedecendo, com a responsabilidade do bem estar do macho e da família.
Adão preferiu Eva e sua maçã à obediência, ficando com a punição da restrição manifestada, por suas funções dominantes sobre a terra, sendo o dono e mantenedor da mulher e do lar, e acima de tudo não podendo ter emoções.
A cisão advinda da desobediência gerou a delimitação dos papeis sociais da mulher e do homem que foram cristalizados tornando-se natural, como verdades absolutas legitimando a relação hierárquica do poder entre os gêneros.
Filosofar entre ideologias vigentes, leva a reprogramação efetiva das conservas, no desenvolvimento dos “papeis sexuais”, conceito introduzido em 1955 pelo psiquiatra americano John Money.
Matriarcado ou Patriarcado reinante no núcleo familiar constata-se educação tendencionista em modelos masculinos e femininos. Não existe educação uníssona para cisgeneros.
Deparamo-nos cotidianamente com as notícias de agressividades para com a mulher. Triste realidade de todos os século e séculos …
Educar, difícil matéria a ser estudada e ter êxito, Mérito e Louvor na prova final da vida.
O feminicídio é a instância última de controle da mulher pelo homem: o controle da vida e da morte.
Grandes pressões populares em 2006 propiciaram a primeira preocupação protetiva à mulher no âmbito jurídico a 11.340 Lei Maria da Penha.
Em 2.015 entrou em vigor a lei 13.104 que incluiu no código penal mais uma modalidade de homicídio qualificado O Feminicídio.
Os silogismos macabros dedutorios, que a mulher é a fomentadora ou causadores das agressões, é o machismo reinando nas educações domesticas.
Não adianta “protecionismo jurídico”, sem mudanças nas “reservas culturais” das raízes expansivistas do educar no seio doméstico, sem romper as educações tendenciosas.
O que tem matado mulheres é a coisificação de seus corpos de sua vontade e de seus desejos
O Feminicídio é oriundo da desumanização imposta pela desvalorização entre homens e mulheres, que para seu extermínio se faz necessário uma profunda mudança no âmago cultural e estrutural da sociedade.
Claudia de Bulhões
Deixe um comentário